quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Trabalhos de Literatura - 1º ano do Ensino Médio

Diego Velázquez


Grupo: Mateus Ribeiro; Diego Neves; Vinícius Dantas 




Autorretrato Diego Velázquez


Diego Velázquez  foi um exemplar pintor da corte espanhola, ele foi um dos melhores e um dos mais grandiosos artistas de todos os tempos.  Ainda que rodeado pelos fidalgos cortesãos, não deixou de inspirar-se em figuras populares para compor suas magníficas telas que se tornaram representação viva da sociedade castelhana daquele tempo.   

Desde o primeiro quarto do século XIX as obras de Velázques tornaram-se um modelo para os pintores realistas e impressionistas Édouard Manet chegou até a afirmar que que Velásquez era o pintor dos pintores.

Velázquez  enfatizou a elaboração de retratos de integrantes da nobreza e a pintura de cenas históricas. Também retratou elementos da mitologia. Mostrava detalhes em suas obras, privilegiando as expressões faciais, buscando a individualidade de cada personagem. Em 1510, entrou para o ateliê de Francisco Pacheco, onde permaneceu até 1617, quando, com 18 anos, obteve seu diploma de pintor e o direito de praticar arte, criando sua própria oficina de trabalho em Sevilha. No ano seguinte, desposa Juana Pacheco, filha de seu mestre.

Senhora fritando ovo

Em 1629, realizou sua primeira viagem à Itália, onde conheceu a escola veneziana e estudou Ticiano, Tintoretto e Veronese, estudos que intensificam seu realismo. Neste período, pintou A forja de Vulcano (1630) e A túnica ensanguentada de José levada a Jacó (1630), obras que recebem influência de El Greco, pintor que Velázquez grandemente admirava. Pintou também Crucifixão, obra sombria, que foge aos moldes italianos.
De volta à Espanha em 1631 por problemas de saúde, inicia um período de grande produção artística, pintando A rendição de Breda (1634-1635), também conhecida como As Lanças, considerada por diversos críticos sua obra mais equilibrada
        
   
Crucifixão


A túnica ensanguentada de José levada  

As Lanças, ou A Rendição de Breda
                                                 
Em 1659, recebeu o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago, uma ordem religiosa-militar espanhola. Em 1660, devido a problemas de saúde,faleceu em Madrid, no dia 6 de agosto, aos 60 anos.
A maioria de suas obras podem ser encontradas expostas no Museu do Prado, em Madri, onde há uma estátua em sua homenagem.
 
Estátua em homenagem á Velazquez




Gregório de Matos

Grupo: Bruna Rossi; Isabelle Bello; Cesar Bonzatto 



Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636 – Recife, 26 de novembro de 1695), alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial. 



Gregório nasceu em uma família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era tecnicamente portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Todos que nasciam antes da independência eram luso-brasileiros. 

Em 1642 estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Em 1650 continua os seus estudos em Lisboa e, em 1652, na Universidade de Coimbra onde se forma em Cânones, em 1661. Em 1663 é nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época. 

Em 27 de janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Câmara da Bahia outorga-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.
O novo arcebispo, frei João da Madre de Deus destitui-o dos seus cargos por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções de que o tinham incumbido.
Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus"  ). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.
  
Em 1685, o promotor eclesiástico da Bahia denuncia os seus costumes livres ao tribunal da Inquisição. Acusa-o, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça quando passa uma procissão. A acusação não tem seguimento.
Entretanto, as inimizades vão crescendo em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do Governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Foi dito que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório  .
Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia. Morre em Recife, com uma febre contraída em Angola.



Antonio Vivaldi

Grupo: Renato Leite; Larissa de Lima; Silas Barbosa





Incentivado desde cedo à vida musical e nascido em Veneza no século XVII, Antonio Vivaldi foi um importante músico e compositor italiano do período Barroco tardio. É considerado uma das figuras mais notáveis da música clássica mundial. Destacou-se, principalmente, por seus concertos que influenciaram diversos músicos de períodos posteriores.
Malsucedido no ramo da Igreja, foi impossibilitado de prosseguir em sua conseguinte carreira, o que levou o compositor italiano à iniciar uma nova fase de sua vida - a produção musical -, não só colocando em prol como um benefício próprio, pois Vivaldi também decidiu passar seus dons e talentos com o violino para crianças carentes.

"Em 1713, o diretor do coro do conservatório deixou seu posto e Vivaldi ficou encarregado de compor obras vocais sacras. Paralelamente ele começava a estabelecer relações com o Teatro de Santo Angelo. A instituição Pietà - a qual o violinista exercia sua função como mestre - concedeu a Vivaldi uma permissão para 'exercitar sua destreza' e foram apresentadas suas primeiras óperas, como 'Outtone in villa' e 'Orlando Furioso'. Depois fez, entre outros concertos, 'La Stravaganza'."
Dentre aproximadamente 770 obras ao longo de sua vida, Doze Sonatas Para Dois Violinos e Baixo Contínuo" foi a primeira de muitas outras obras musicais. Dentre elas também se destaca a mais famosa, alcunhada por "As Quatro Estações". Suas obras foram o pedestal de muitos famosos espetáculos de balé clássico, e por último, mas não menos importante, foi e é apresentado em diversos concertos de óperas.

Entre 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua, onde compôs a maioria de suas cantatas. Entre 1720 e 1723 dedicou-se à ópera. Em 1723, novamente em Veneza, na Pietà, publicou o Opus 8, que contém os concertos 'As Quatro Estações'. Por volta de 1729 compôs para o Rei Luis XV a mais importante de suas serenatas: 'La Sena Festeggiante'. Na mesma época entregou ao imperador da Áustria Carlos XI seu Opus 9: 'La Cetra'.

Com o advento do Classicismo, suas obras foram apenas resgatadas no século XX, pois foram vítimas da desvalorização das manifestações artísticas retratadas no período. Acabou por falecer aos 63 anos de idade em julho de 1741. "Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena", o então local de sua morte.

Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para a instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro. Em 1705 publicou sua primeira coleção, 'Doze Sonatas para Dois Violinos e Baixo Contínuo'. Depois fez uma série de obras instrumentais.




Padre Antonio Vieira

Grupo:  Giovanna França; Maria Victótia; Carolina Alcine



Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e representa, sem dúvida, a maior expressão da eloquência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século. Foi para a Bahia, ainda pequeno, onde recebeu ordenação sacerdotal e começou a atuar na Companhia de Jesus, que era um movimento cristão de catequização indígena, que discriminava a escravidão pelos colonos, ao mesmo tempo que também utilizava a mão-de-obra indígena.
Antônio Vieira se destacou por ser um pregador facundo, principalmente no que diz respeito aos seus sermões. A respeito destes últimos, eram impregnados de filosofia, o que o levava a se considerar um filósofo que tratava apenas de assuntos cristãos.
Por algum tempo esteve politicamente envolvido com a Inquisição, período no qual foi acusado até mesmo de traição por defender, além dos índios, os novos cristãos, principalmente os judeus. Sofreu condenação, dita como branda, por parte da Inquisição: ficou preso por dois anos (1665-1667) e foi impedido de dar palavra.
Vieira usou seu dom da retórica para falar com o papa a respeito desta condenação, o qual o absolve de toda censura ainda existente. Logo após, Antônio Vieira foi a Roma, onde assumiu novamente seu papel oratório. Em 1681, decidiu regressar ao Brasil, onde faleceu, em 1697, no Colégio da Bahia.
Podemos dividir a obra de Padre Antônio Vieira em:
• Profecias: constituintes de três obras: História do futuro, Esperanças de Portugal e Clavis  prophetarum.
• Cartas: são cerca de 500 cartas, que tratam de assuntos sobre a relação de Portugal e Holanda, a Inquisição e os cristãos-novos. São tidos como documentos históricos importantes,  já que tratam das diversas situações sócio-políticas da época.
• Sermões: são aproximadamente 200 sermões, com estilo barroco conceptista, que trata o assunto de maneira racional, lógica e utiliza retórica aprimorada. Um dos seus sermões mais conhecidos é o “Sermão da Sexagésima”, o qual é metalinguístico, já que tem como tema a própria arte de pregar. Além deste, temos o Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio e Sermão aos peixes.

Trecho do Sermão da Sexagésima:
(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras. (...) 


José Joaquim da Rocha

Grupo: Felipe Carvalho; Felipe Ianovalli; Victor Carvalho

Teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, sua obra mais famosa

José Joaquim da Rocha ( nasceu em  1737  — Salvador) foi um pintor, encarnador, dourador e restaurador brasileiro, considerado o fundador da escola baiana de pintura barroca, o maior de seus integrantes e um dos mais destacados pintores do Barroco brasileiro. Deixou vários discípulos e continuadores, que preservaram os princípios da sua estética até o século XIX. 

Sua produção é numerosa, e embora tenha muitos momentos de alto nível, é desigual, em parte porque desde que se tornou reconhecido sempre contou com muitos discípulos e aprendizes que o auxiliavam, e aos quais entregava grandes porções do trabalho, como era o costume na época. Não assinou nenhuma de suas pinturas, e grande parte das que foram identificadas são atribuições transmitidas apenas pela tradição oral, o que dificulta o estudo da sua trajetória e estilo.


Teto da Igreja da Ordem 3ª de São Domingos

Pouco se sabe sobre sua vida, e a maioria das obras atribuídas a ele não tem documentação comprobatória. Diz um manuscrito anônimo encontrado por Carlos Ott na Biblioteca Nacional e datável entre 1866 e 1876, que José Joaquim era procedente de Minas Gerais, mas essa origem é duvidosa. Outros autores apontam Salvador, o Rio de Janeiro ou mesmo Portugal. O ano em que nasceu também é incerto, mas foi dito que ao falecer em 1807 tinha 70 anos.


A pintura baiana até o surgimento de José Joaquim era modesta. Apesar de Capital da colônia e movimentado entreposto comercial, Salvador ainda era uma pequena cidade, e só em 1808 chegou à marca de 50 mil habitantes. Também era o principal polo de cultura brasileiro, mas em muitos aspectos era uma cultura provinciana, dominada pela religião, que funcionava com base no trabalho escravo e que para fazer arte dependia em grande medida do improviso e de artífices mal treinados e pior pagos, incluindo neles escravos e pardos forros, com rara exceção, como Calmão, Simões, Filgueira, Maciel, que eram mestres de ateliês e foram os precursores e contemporâneos de José Joaquim. 

A importância desses artistas como bons pioneiros não pode ser menosprezada, mas o legado maior de José Joaquim está em ter dado um grande impulso renovador e qualificador à escola baiana, sendo por isso considerado o seu fundador e seu mais destacado integrante, uma escola que manteve viva a tradição barroca de seu mestre até meados do século XIX. Como a Igreja era a maior mecenas naquele período, quase não havendo espaço para pintura profana na colônia, toda a produção de José Joaquim está na arte sacra. 

Sacerdote judeu oferecendo pão e vinho, Museu de Arte Sacra da Bahia

Durante o período Barroco em que viveu a Igreja dava muitas das orientações a respeito da criação da obra, determinando o tema, as maneiras de representá-lo, e até mesmo decidia sobre as decorações secundárias. Aos artistas cabia acatar essa orientação, embora dentro dessa moldura houvesse espaço para muita criatividade, sempre que não confrontasse os preceitos. Pois a arte sacra daquele tempo, muito mais do que servir como simples decoração das igrejas,era em essência funcional e didática: tinha o propósito específico e maior de edificar o povo nos bons costumes e estimular a sua devoção através de obras dramáticas, de grande apelo visual e intenso poder evocativo.

Sua última encomenda importante veio em 1796 na forma de seis painéis mais douramentos na sacristia da Igreja do Pilar, pelo que recebeu 368$000 réis. Depois continuou pintando obras menores. Em 1796, por 12$000 réis, criou um Cristo com a cana verde para o Recolhimento da Santa Casa; em 1801, dois quadros para a Ordem 3ª de São Francisco. Depois disso vão se perdendo os rastros de sua vida. Entre 1802 e 1803 estava vivendo outra vez em uma casa barata, de aluguel, pertencente à Ordem 3ª do Carmo. Seus últimos anos foram aflitos por doenças, e os passou em uma casa de campo que tinha na freguesia de Santo Antônio. Ali morreu em 12 de outubro de 1807, sem ter casado e sem deixar descendência conhecida. Foi sepultado na Igreja da Palma.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Simulados e quizzes

Simulados - Guia do estudante


Mais uma dica para quem precisa se preparar par ao vestibular: Simulados para você testar seus conhecimentos e aprimorar seus estudos. Acesse http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados, escolha um dos temas e boa sorte!


Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br






domingo, 10 de março de 2013

Romantismo - 2ª geração


Romantismo – Segunda geração (Ultrarromântica)

A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo (1831 - 1852).
Enquanto a chamada primeira geração se empenhou em redefinir a literatura como sendo algo genuinamente nacionalista, voltada para as origens indígenas (figura heroica do índio) e para as questões culturais, a segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego a este nacionalismo e “mergulhou” em um sentimentalismo e pessimismo doentios como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época.
A segunda geração romântica (geração do Mal do Século) foi caracterizada pelo extremo subjetivismo, extremo egocentrismo e pessimismo que culminavam com o sentimento de morte, dúvida e obscuridade.  Esses fortes sentimentos pessimistas, levavam os poetas a preferirem os lugares escuros, sombrios e úmidos para se estabelecerem.  Além disso, eram boêmios noturnos assíduos e tinham a bebida como foco principal, uma vez que esta funcionava com válvula de escape para os problemas.
Essa exacerbação da sentimentalidade e das fantasias da imaginação mórbida exige uma versificação mais livre, menos apegada a esquemas formais preestabelecidos, e define as obras poéticas de maior impacto do período, como Um Cadáver de Poeta, de Álvares de Azevedo.
A temática pregada por eles baseava-se no sonho, devaneio, o amor platônico, a mulher vista como uma figura inatingível, impalpável, vista mais no plano espiritual do que no material.  Inspirados pelo inglês Byron, pelo italiano Giacomo Leopardi e pelos franceses Alphonse de Lamartine e Alfred de Musset, os poetas da segunda geração escrevem poemas que sugerem uma entrega total aos caprichos da sensibilidade e da fantasia, abordando temas que vão do vulgar ao sublime, do poético ao sarcástico e ao prosaico. A morte precoce ajudou a compor a mística em torno desses poetas de inspiração byroniana, que não raro fazem apologia da misantropia e do narcisismo, cultivam paixões incestuosas, macabras, demoníacas e mórbidas.
Principais autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.

Vejamos alguns poemas da segunda geração romântica.
Soneto (Álvares de Azevedo)
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! 


Minha alma é triste (Casimiro de Abreu)
Minha alma é triste como a rola aflita
Que o bosque acorda desde o albor da aurora
E em doce arrulo que o soluço imita
O morto esposo gemedora chora.

E, como rola que perdeu o esposo,
Minh'alma chora as ilusões perdidas
E no seu livro de fanado gozo
Relê as folhas que já foram lidas.



Morte (Junqueira Freire)
“Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a exigência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.” (...)

Cântico do Calvário - À memória de meu Filho morto a 11 de dezembro de 1863
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, a inspiração, a pátria,
O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Pomba, - varou-te a flecha do destino!
Astro, - engoliu-te o temporal do norte!
Teto, - caíste!- Crença, já não vives!
Correi, correi, oh! lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto!




Rede Social de Leitores

Já conhece o Skoob??? É uma rede social que onde leitores de diferentes gêneros trocam experiências e informações sobre livros, etc...

Para se cadastrar você tem que acessar:    http://www.skoob.com.br

Adicione amigos, as obras que você leu, resenhas e divirta-se!

Capela Sistina pode ser visitada em 360°

Capela Sistina (em italiano: Cappella Sistina) é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Raphael, Bernini e Sandro Botticelli.

Gente... Olha que legal esse link. Dá para visitar a Capela Sistina sem sair de casa!


http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html



Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,capela-sistina-pode-ser-visitada-em-360%C2%B0-,1006471,0.htm


quarta-feira, 6 de março de 2013

Gil Vicente - A farsa de Inês Pereira

Gil Vicente - A farsa de Inês Pereira

Considerada a peça mais complexa de Gil Vicente, a obra pode ser dividida em cinco partes: a primeira é um retrato da rotina na qual se insere a protagonista; a segunda reflete a situação da mulher na sociedade da época; a terceira mostra o comércio casamenteiro, representado pelos judeus comerciantes e pelo arranjo matrimonial-mercantil de Inês com Brás da Mata; a quarta considera o casamento, o despertar para a realidade, contrapondo-a ao sonho que embalava as fantasias da protagonista e, finalmente, a quinta parte reflete a realidade brutal da qual Inês, experiente e vivida, procura tirar proveito próprio.

É a história de uma jovem sonhadora que procura por meio do casamento com um homem que saiba tanger viola, fugir à rotina doméstica. Despreza a proposta de Pero Marques, filho de um camponês rico, homem tolo e ingênuo, e aceita se casar com Brás da Mata, escudeiro pobretão. Seus sonhos são logo desfeitos, porque o marido revela sua personalidade bruta, e passa a maltratá-la e explorá-la. Brás da Mata vai para a África e lá vem a falecer. Inês, ensinada pela dura experiência, toma consciência da realidade e aceita se casar com Pero Marques, seu primeiro pretendente. Depressa também a jovem aceita a corte de um falso ermitão. A farsa termina com o marido (cantado por ela como cuco, gamo e cervo, tradicionalmente concebidos como símbolos do homem traído) levando-a às costas (asno que me carregue) até a gruta em que vive o ermitão, para um encontro nada ingênuo.


Acesse o texto integral aqui:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1819

Gil Vicente - O velho e a horta

Gil Vicente - O velho e a horta

O Velho da Horta  é uma peça que trata das desventuras amorosas de um senhor, em idade avançada, que se apaixona por uma jovem que vai todos os dias a sua horta para comprar verduras.
O velho criado por Gil Vicente representa a poesia palaciana e a da moça é despojada, se contrapondo à linguagem do velho.

A cena inicial é marcada pela tentativa de conquista e o diálogo se dá entre o lirismo enamorado do Velho e os ditos zombeteiros da Moça. Em seguida, entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais para garantir ao Velho a posse da amada. Mediante promessas de que o êxito está próximo, a mulher extorque toda a riqueza do Velho. Finalmente, entra em cena a Justiça que prende a alcoviteira, mas retira do Velho a esperança de ver realizado tão louco amor. No final, vem a notícia de que a jovem que motivou tão tresloucada paixão casou-se.
Acesse o texto integral aqui:

http://www.confederacaodascolectividades.com/docs/O%20Velho%20da%20Horta.pdf


Cultura...

Literatura, música, oficinas, cinema, lazer... Seja qual for o motivo, vale a pena acompanhar estas páginas

Centro Cultural São Paulo
https://www.facebook.com/CCSPLiteratura
http://www.centrocultural.sp.gov.br/

Espaço público de cultura e convívio, o Centro Cultural São Paulo (da Secretaria Municipal de Cultura) recebe o público em quatro pavimentos de uma área de 46.500 m² localizada entre as ruas Vergueiro e a 23 de maio, e entre as estações Vergueiro e Paraíso do metrô.
Inaugurado em 13 de maio de 1982, a partir da necessidade de uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade, transformou-se em um dos primeiros espaços culturais multidisciplinares do país.
O projeto concebido por um grupo de arquitetos coordenado por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles deu origem a um espaço caracterizado pela arquitetura do encontro, que atualmente oferece...
... um conjunto de bibliotecas com acervo multidisciplinar de reconhecida relevância, entre elas a Sérgio Milliet, segunda maior biblioteca pública da cidade de São Paulo e a única que é aberta aos domingos e feriados.
... expressivas coleções da cidade de São Paulo - Coleção de Arte da Cidade, Discoteca Oneyda Alvarenga, Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, Arquivo Multimeios e Coleção Memória do Centro Cultural São Paulo.
... uma programação que pode ser desfrutada gratuitamente ou a preços populares, com espetáculos de teatro, dança e música, séries voltadas à literatura e à poesia, mostras de artes visuais, atividades ligadas aos acervos, projeções de cinema e vídeo, oficinas, debates e palestras.
... jardins com árvores sobreviventes da construção do metrô que estabelecem um contraponto ao visual, à sonoridade e ao ritmo urbanos.
... e a simples e rara oportunidade de parar, estar, criar em um espaço público amplo, vivo, democrático.



Casa das Rosas
https://www.facebook.com/casadasrosas?fref=ts
http://www.casadasrosas-sp.org.br/

Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, é um local de celebração da poesia, da literatura e da arte em geral.Localizada no coração de São Paulo, na Avenida Paulista, 37, a Casa serve de cenário para a efervescência da vida cultural, sendo um espaço onde a arte literalmente acontece. Nosso horário de funcionamento é de terça-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.



MASP
https://www.facebook.com/maspmuseu?fref=ts
http://masp.art.br/masp2010/

A missão do MASP é "Incentivar, divulgar e amparar, por todos os meios ao seu alcance, as artes de um modo geral e, em especial, as artes visuais, visando o desenvolvimento e o aprimoramento cultural do povo brasileiro."




Museu da Imagem e do Som
https://www.facebook.com/museudaimagemedosom?fref=ts
http://www.mis-sp.org.br/


A trajetória do Museu da Imagem e do Som refletiu as transformações pelas quais as culturas brasileira e mundial passaram. Atualmente, quando a tecnologia se alia à sensibilidade humana na criação artística, e as instituições se adequam às demandas sociais, o MIS se afirma como espaço que coloca em diálogo vivo memória e contemporaneidade, investigação técnica e ampliação do acesso às inovações da arte.
Em 2011, o MIS recebeu um novo plano de atividades sob a gestão de André Sturm. Assim, frente a todo o seu valor histórico e cultural na cidade de São Paulo, o museu passa a ser um espaço de encontro para população paulista, onde a pluralidade na programação artística e a efervescência cultural prevalecem. Este MIS, que tem suas atividades garantidas por uma parceria público-privada gerenciada pela Organização Social de Cultura Paço das Artes, passou, então, a atuar baseado em áreas pensadas para agir de forma coordenada e complementar.
Museu da Língua Portuguesa


O Museu da Língua Portuguesa, dedicado à valorização e difusão do nosso idioma (patrimônio imaterial), apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do país e do mundo, usando tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos.

Os principais objetivos do Museu da Língua Portuguesa são:
- mostrar a língua como elemento fundamental e fundador da nossa cultura;
- celebrar e valorizar a Língua Portuguesa, apresentada suas origens, história e influências sofridas;
- aproximar o cidadão usuário de seu idioma, mostrando que ele é o verdadeiro “proprietário” e agente modificador da Língua Portuguesa;
- valorizar a diversidade da Cultura Brasileira;
- favorecer o intercâmbio entre os diversos países de Língua Portuguesa;
- promover cursos, palestras e seminários sobre a Língua Portuguesa e temas pertinentes;
- realizar exposições temporárias sobre temas relacionadas à Língua Portuguesa e suas diversas áreas de influência.

Pinacoteca do Estado de São Paulo
http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca-pt/


A Pinacoteca do Estado é um museu de artes visuais, com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, é o museu de arte mais antigo da cidade. Está instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, que sofreu uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no final da década de 1990.

O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência, do então Museu do Estado, hoje Museu Paulista da Universidade de São Paulo, de 26 obras de importantes artistas que atuaram na cidade como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antonio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Atravessou seu primeiro século de atividades acumulando realizações e formou um significativo acervo, hoje com cerca de nove mil obras. Passou por uma marcante transformação assumindo-se, gradativamente, como um museu de arte contemporânea, comprometido com a produção de seu tempo, com destacada presença no cenário artístico do País. 




Museu da Imigração do Estado de São Paulo
https://www.facebook.com/MuseudaImigracao
http://www.memorialdoimigrante.org.br/

O Museu da Imigração, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, está em processo de restauro das edificações. Durante o período de obras, visando garantir a segurança do acervo e a continuidade dos serviços públicos prestados (emissão de certidões e atestados), os acervos da instituição foram transferidos temporariamente para outras instalações.

Além da obra de restauro, um novo projeto museológico – mesclando recursos interativos e multimidiáticos com o rico acervo físico e documental da instituição – será implantado. Os projetos, definidos pela Secretaria de Estado da Cultura, serão realizados em parceria com a Associação dos Amigos do Museu do Café que, depois de chamada pública, foi selecionada como organização social de cultura responsável pelo gerenciamento da instituição.




segunda-feira, 4 de março de 2013

Trovadorismo



O Trovadorismo é considerada a primeira escola literária portuguesa,  ocorreu entre os séculos XII a XIV. Neste período, Portugal se firmava como reino independente separando-se da Galiza ou Galícia.
O período histórico em que se desenvolveu o Trovadorismo é chamado feudalismo (sistema de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais). Neste sistema, os senhores feudais conseguiam as terras – que lhes eram dadas pelo rei -  e colocavam  os camponeses para cuidar dos feudos. Em troca, os camponeses recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.
Toda a produção literária do Trovadorismo foi desenvolvida em galego-português, língua que mais tarde daria origem ao português.
A base da produção literária trovadoresca foram as cantigas, que eram  transmitidas oralmente. Isto facilitava a transmissão de informações, visto que a maior parte da população não tinha acesso a educação (centralizada nas mãos do clero e da nobreza).

Curiosidade:
O processo de educação na Idade Média era de total responsabilidade da Igreja. As escolas funcionavam anexas às catedrais ou às escolas monásticas, muitas funcionavam nos mosteiros. A Igreja foi um instrumento essencial no processo da educação na Idade Média, a grande disseminadora do conhecimento.
Para acontecer o ensino precisava-se de uma autorização, essa era cedida pelos bispos e pelos diretores das escolas eclesiásticas que, com medo de perderem a influência, dificultavam ao máximo essa concessão. Reagindo contra essas limitações, professores e alunos organizaram-se em associações denominadas universitas, que mais tarde originou a palavra universidades. As universidades eram compostas por quatro divisões ou faculdades. A faculdade de Artes era o lugar onde a educação acontecia de forma mais geral, as faculdades de Direito, Medicina e Teologia trabalhavam o conhecimento de forma mais específica. Os diretores das faculdades eram chamados de decanos e eleitos pelos professores; o decano da Faculdade de Artes era o reitor e representava oficialmente a universidade.
Os cursos oferecidos eram em latim e com isso exigia-se do estudante muito empenho e dedicação. O estudo das sete artes liberais era dividido em dois ciclos: o trivium e o quadrivium. O primeiro compreendia a gramática, a retórica e a lógica; o segundo compunha-se do estudo da aritmética, geografia, astronomia e música. Conforme o grau de afinidade, distribuíam-se então os estudantes pelos cursos de Direito, Medicina e Teologia. Os estudantes viviam em um ritmo frenético e as calorosas discussões com a população eram rotineiras. De uma forma geral os estudantes eram de origem humilde e muitos viviam internos em colégios ou internatos que contavam com rígidas formas disciplinadoras estudantis. Com o tempo esses colégios passaram a constituir campos de estudos autônomos, sendo que alguns deles ainda existem, e são renomados mundialmente, como os de Oxford, Cambridge e o de Sorbonne, fundado em 1257 por Rogério de Sorbon, na França.


O marco inicial do Trovadorismo é a Cantiga da Ribeirinha (1189 ou 1198) de Paio Soares Taveirós.

No mundo nom me sei parelha,
 mentre me for' como me vai, 
ca ja moiro por vos - e ai 
mia senhor branca e vermelha, 
queredes que vos retraia 
quando vos eu vi em saia! 

Mao dia que me levantei, que vos enton nom vi fea! "
"E, mia senhor, des aquel di' , ai!  
me foi a mim muin mal, 
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha 
d'aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia 
nunca de vós ouve nem ei 
valia d'ua correa". 

No mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto a minha vida continuar como vai
porque morro por ti e ai
minha senhora de pele alva e faces rosadas,
quereis que eu vos descreva (retrate) 
quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima)  

Maldito dia! me levantei
que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela). 
E, minha senhora, desde aquele dia, ai
tudo me foi muito mal / e vós, filha de don Pai
Moniz, e bem vos parece
de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupas luxuosas)
pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor)
de vós nunca recebi algo, mesmo que sem valor.


As cantigas trovadorescas são divididas da seguinte forma:





 Cantiga de Amor

               "A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."
  • Eu lírico masculino
  • Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante.
  • Amor cortês; vassalagem amorosa.
  • Amor impossível.
  • Ambientação aristocrática das cortes.
  • Forte influência provençal.
  • Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhor".


Cantiga de Amigo


"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"
(...)
  • Eu lírico feminino.
  • Presença de paralelismos.
  • Predomínio da musicalidade.
  • Assunto Principal: o lamento da moça cujo namorado partiu.
  • Amor natural e espontâneo.
  • Amor possível.
  • Ambientação popular rural ou urbana.
  • Influência da tradição oral ibérica.
  • Deus é o elemento mais importante do poema.
  • Pouca subjetividade.

Cantiga de Escárnio 

Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia! (...)
  • Crítica indireta; normalmente a pessoa satirizada não é identificada.
  • Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades
  • Ironia


Cantiga de Maldizer

"Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!"



  • Crítica direta; geralmente a pessoa satirizada é identificada
  • Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena
  • Zombaria
  • Linguagem Culta