Diego Velázquez
Grupo: Mateus Ribeiro; Diego Neves; Vinícius Dantas
Autorretrato Diego Velázquez
Velázquez enfatizou
a elaboração de retratos de integrantes da nobreza e a pintura de cenas
históricas. Também retratou elementos da mitologia. Mostrava detalhes em
suas obras, privilegiando as expressões faciais, buscando a individualidade de
cada personagem. Em 1510, entrou
para o ateliê de Francisco Pacheco, onde permaneceu até 1617, quando, com 18
anos, obteve seu diploma de pintor e o direito de praticar arte, criando sua
própria oficina de trabalho em Sevilha. No ano seguinte, desposa Juana Pacheco,
filha de seu mestre.
Senhora fritando ovo
Em 1629,
realizou sua primeira viagem à Itália, onde conheceu a escola veneziana e
estudou Ticiano, Tintoretto e Veronese, estudos que intensificam seu realismo.
Neste período, pintou A forja de
Vulcano (1630) e A
túnica ensanguentada de José levada a Jacó (1630), obras que recebem
influência de El Greco, pintor que Velázquez grandemente admirava. Pintou
também Crucifixão, obra
sombria, que foge aos moldes italianos.
De volta
à Espanha em 1631 por problemas de saúde, inicia um período de grande produção
artística, pintando A rendição de
Breda (1634-1635), também conhecida como As Lanças, considerada por diversos
críticos sua obra mais equilibrada
Crucifixão
A túnica ensanguentada de José
levada
As
Lanças, ou A Rendição de Breda
Em 1659, recebeu
o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago, uma ordem religiosa-militar
espanhola. Em 1660, devido a problemas de saúde,faleceu em Madrid, no dia 6 de
agosto, aos 60 anos.
A maioria de suas
obras podem ser encontradas expostas no Museu do Prado, em Madri, onde há uma
estátua em sua homenagem.
Estátua em homenagem á Velazquez
Gregório de Matos
Grupo: Bruna Rossi; Isabelle Bello; Cesar Bonzatto
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636 – Recife, 26 de novembro de 1695), alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial.
Gregório nasceu em uma família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era tecnicamente portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Todos que nasciam antes da independência eram luso-brasileiros.
Em 1642 estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Em 1650 continua os seus estudos em Lisboa e, em 1652, na Universidade de Coimbra onde se forma em Cânones, em 1661. Em 1663 é nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época.
Em 27 de janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Câmara da Bahia outorga-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.
O novo arcebispo, frei João da Madre de Deus destitui-o dos seus cargos por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções de que o tinham incumbido.
Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus" ). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.
Em 1685, o promotor eclesiástico da Bahia denuncia os seus costumes livres ao tribunal da Inquisição. Acusa-o, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça quando passa uma procissão. A acusação não tem seguimento.
Entretanto, as inimizades vão crescendo em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do Governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Foi dito que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório .
Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia. Morre em Recife, com uma febre contraída em Angola.
Incentivado desde cedo à vida musical e nascido em Veneza no século XVII, Antonio Vivaldi foi um importante músico e compositor italiano do período Barroco tardio. É considerado uma das figuras mais notáveis da música clássica mundial. Destacou-se, principalmente, por seus concertos que influenciaram diversos músicos de períodos posteriores.
Malsucedido no ramo da Igreja, foi impossibilitado de prosseguir em sua conseguinte carreira, o que levou o compositor italiano à iniciar uma nova fase de sua vida - a produção musical -, não só colocando em prol como um benefício próprio, pois Vivaldi também decidiu passar seus dons e talentos com o violino para crianças carentes.
"Em 1713, o diretor do coro do conservatório deixou seu posto e Vivaldi ficou encarregado de compor obras vocais sacras. Paralelamente ele começava a estabelecer relações com o Teatro de Santo Angelo. A instituição Pietà - a qual o violinista exercia sua função como mestre - concedeu a Vivaldi uma permissão para 'exercitar sua destreza' e foram apresentadas suas primeiras óperas, como 'Outtone in villa' e 'Orlando Furioso'. Depois fez, entre outros concertos, 'La Stravaganza'."
Dentre aproximadamente 770 obras ao longo de sua vida, Doze Sonatas Para Dois Violinos e Baixo Contínuo" foi a primeira de muitas outras obras musicais. Dentre elas também se destaca a mais famosa, alcunhada por "As Quatro Estações". Suas obras foram o pedestal de muitos famosos espetáculos de balé clássico, e por último, mas não menos importante, foi e é apresentado em diversos concertos de óperas.
Entre 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua, onde compôs a maioria de suas cantatas. Entre 1720 e 1723 dedicou-se à ópera. Em 1723, novamente em Veneza, na Pietà, publicou o Opus 8, que contém os concertos 'As Quatro Estações'. Por volta de 1729 compôs para o Rei Luis XV a mais importante de suas serenatas: 'La Sena Festeggiante'. Na mesma época entregou ao imperador da Áustria Carlos XI seu Opus 9: 'La Cetra'.
Com o advento do Classicismo, suas obras foram apenas resgatadas no século XX, pois foram vítimas da desvalorização das manifestações artísticas retratadas no período. Acabou por falecer aos 63 anos de idade em julho de 1741. "Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena", o então local de sua morte.
Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para a instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro. Em 1705 publicou sua primeira coleção, 'Doze Sonatas para Dois Violinos e Baixo Contínuo'. Depois fez uma série de obras instrumentais.
José Joaquim da Rocha ( nasceu em 1737
— Salvador)
foi um pintor,
encarnador, dourador e restaurador brasileiro,
considerado o fundador da escola baiana de pintura
barroca, o maior de seus integrantes e um dos mais destacados
pintores do Barroco brasileiro. Deixou vários discípulos e
continuadores, que preservaram os princípios da sua estética até o século XIX.
Sua produção é numerosa, e embora tenha muitos momentos de alto nível, é desigual, em parte porque desde que se tornou reconhecido sempre contou com muitos discípulos e aprendizes que o auxiliavam, e aos quais entregava grandes porções do trabalho, como era o costume na época. Não assinou nenhuma de suas pinturas, e grande parte das que foram identificadas são atribuições transmitidas apenas pela tradição oral, o que dificulta o estudo da sua trajetória e estilo.
Pouco se sabe sobre sua vida, e a maioria das obras atribuídas a ele não tem documentação comprobatória. Diz um manuscrito anônimo encontrado por Carlos Ott na Biblioteca Nacional e datável entre 1866 e 1876, que José Joaquim era procedente de Minas Gerais, mas essa origem é duvidosa. Outros autores apontam Salvador, o Rio de Janeiro ou mesmo Portugal. O ano em que nasceu também é incerto, mas foi dito que ao falecer em 1807 tinha 70 anos.
A pintura baiana até o surgimento de José Joaquim era modesta. Apesar de Capital da colônia e movimentado entreposto comercial, Salvador ainda era uma pequena cidade, e só em 1808 chegou à marca de 50 mil habitantes. Também era o principal polo de cultura brasileiro, mas em muitos aspectos era uma cultura provinciana, dominada pela religião, que funcionava com base no trabalho escravo e que para fazer arte dependia em grande medida do improviso e de artífices mal treinados e pior pagos, incluindo neles escravos e pardos forros, com rara exceção, como Calmão, Simões, Filgueira, Maciel, que eram mestres de ateliês e foram os precursores e contemporâneos de José Joaquim.
A importância desses artistas como bons pioneiros não pode ser menosprezada, mas o legado maior de José Joaquim está em ter dado um grande impulso renovador e qualificador à escola baiana, sendo por isso considerado o seu fundador e seu mais destacado integrante, uma escola que manteve viva a tradição barroca de seu mestre até meados do século XIX. Como a Igreja era a maior mecenas naquele período, quase não havendo espaço para pintura profana na colônia, toda a produção de José Joaquim está na arte sacra.
Durante o período Barroco em que viveu a Igreja dava muitas das orientações a respeito da criação da obra, determinando o tema, as maneiras de representá-lo, e até mesmo decidia sobre as decorações secundárias. Aos artistas cabia acatar essa orientação, embora dentro dessa moldura houvesse espaço para muita criatividade, sempre que não confrontasse os preceitos. Pois a arte sacra daquele tempo, muito mais do que servir como simples decoração das igrejas,era em essência funcional e didática: tinha o propósito específico e maior de edificar o povo nos bons costumes e estimular a sua devoção através de obras dramáticas, de grande apelo visual e intenso poder evocativo.
Sua última encomenda importante veio em 1796 na forma de seis painéis mais douramentos na sacristia da Igreja do Pilar, pelo que recebeu 368$000 réis. Depois continuou pintando obras menores. Em 1796, por 12$000 réis, criou um Cristo com a cana verde para o Recolhimento da Santa Casa; em 1801, dois quadros para a Ordem 3ª de São Francisco. Depois disso vão se perdendo os rastros de sua vida. Entre 1802 e 1803 estava vivendo outra vez em uma casa barata, de aluguel, pertencente à Ordem 3ª do Carmo. Seus últimos anos foram aflitos por doenças, e os passou em uma casa de campo que tinha na freguesia de Santo Antônio. Ali morreu em 12 de outubro de 1807, sem ter casado e sem deixar descendência conhecida. Foi sepultado na Igreja da Palma.
Antonio Vivaldi
Grupo: Renato Leite; Larissa de Lima; Silas Barbosa
Incentivado desde cedo à vida musical e nascido em Veneza no século XVII, Antonio Vivaldi foi um importante músico e compositor italiano do período Barroco tardio. É considerado uma das figuras mais notáveis da música clássica mundial. Destacou-se, principalmente, por seus concertos que influenciaram diversos músicos de períodos posteriores.
Malsucedido no ramo da Igreja, foi impossibilitado de prosseguir em sua conseguinte carreira, o que levou o compositor italiano à iniciar uma nova fase de sua vida - a produção musical -, não só colocando em prol como um benefício próprio, pois Vivaldi também decidiu passar seus dons e talentos com o violino para crianças carentes.
"Em 1713, o diretor do coro do conservatório deixou seu posto e Vivaldi ficou encarregado de compor obras vocais sacras. Paralelamente ele começava a estabelecer relações com o Teatro de Santo Angelo. A instituição Pietà - a qual o violinista exercia sua função como mestre - concedeu a Vivaldi uma permissão para 'exercitar sua destreza' e foram apresentadas suas primeiras óperas, como 'Outtone in villa' e 'Orlando Furioso'. Depois fez, entre outros concertos, 'La Stravaganza'."
Dentre aproximadamente 770 obras ao longo de sua vida, Doze Sonatas Para Dois Violinos e Baixo Contínuo" foi a primeira de muitas outras obras musicais. Dentre elas também se destaca a mais famosa, alcunhada por "As Quatro Estações". Suas obras foram o pedestal de muitos famosos espetáculos de balé clássico, e por último, mas não menos importante, foi e é apresentado em diversos concertos de óperas.
Entre 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua, onde compôs a maioria de suas cantatas. Entre 1720 e 1723 dedicou-se à ópera. Em 1723, novamente em Veneza, na Pietà, publicou o Opus 8, que contém os concertos 'As Quatro Estações'. Por volta de 1729 compôs para o Rei Luis XV a mais importante de suas serenatas: 'La Sena Festeggiante'. Na mesma época entregou ao imperador da Áustria Carlos XI seu Opus 9: 'La Cetra'.
Com o advento do Classicismo, suas obras foram apenas resgatadas no século XX, pois foram vítimas da desvalorização das manifestações artísticas retratadas no período. Acabou por falecer aos 63 anos de idade em julho de 1741. "Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena", o então local de sua morte.
Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para a instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro. Em 1705 publicou sua primeira coleção, 'Doze Sonatas para Dois Violinos e Baixo Contínuo'. Depois fez uma série de obras instrumentais.
Padre Antonio Vieira
Grupo: Giovanna França; Maria Victótia; Carolina Alcine
Padre Antônio
Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e representa, sem dúvida, a maior expressão
da eloquência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século. Foi
para a Bahia, ainda pequeno, onde
recebeu ordenação sacerdotal e começou a atuar na Companhia de Jesus, que era
um movimento cristão de catequização indígena, que discriminava a escravidão pelos colonos, ao mesmo tempo
que também utilizava a mão-de-obra indígena.
Antônio Vieira
se destacou por ser um pregador facundo, principalmente no que diz respeito aos
seus sermões. A respeito destes últimos, eram
impregnados de filosofia, o que o levava a se considerar um filósofo que
tratava apenas de assuntos cristãos.
Por
algum tempo esteve politicamente envolvido com a Inquisição, período no qual
foi acusado até mesmo de traição por defender, além dos índios, os novos cristãos, principalmente os
judeus. Sofreu condenação,
dita como branda, por parte da Inquisição: ficou preso por dois anos
(1665-1667) e foi impedido de dar palavra.
Vieira
usou seu dom da retórica para falar com
o papa a respeito desta condenação, o qual o absolve de toda censura ainda
existente. Logo
após, Antônio Vieira foi a Roma, onde assumiu novamente seu papel oratório. Em
1681, decidiu regressar ao Brasil, onde faleceu, em 1697, no Colégio da Bahia.
Podemos dividir a obra de Padre Antônio
Vieira em:
• Profecias: constituintes de três obras:
História do futuro, Esperanças de Portugal e Clavis prophetarum.
• Cartas: são cerca de 500 cartas, que
tratam de assuntos sobre a relação de Portugal e Holanda, a Inquisição e os
cristãos-novos. São tidos como documentos históricos importantes, já que tratam
das diversas situações sócio-políticas da época.
• Sermões: são aproximadamente 200 sermões, com estilo barroco
conceptista, que trata o assunto de maneira racional, lógica e utiliza retórica
aprimorada. Um dos seus sermões mais conhecidos é o “Sermão da Sexagésima”, o
qual é metalinguístico, já que tem como tema a própria arte de pregar. Além deste,
temos o Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda,
Sermão de Santo Antônio e Sermão aos peixes.
Trecho do Sermão da Sexagésima:
(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo,
disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni
creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais
não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são
criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos
troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo
Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo,
muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em
todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar
homens brutos, haviam de achar homens troncos,
haviam de achar homens pedras. (...)
José Joaquim da Rocha
Grupo: Felipe Carvalho; Felipe Ianovalli; Victor Carvalho
Teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da
Praia, sua obra mais famosa
Sua produção é numerosa, e embora tenha muitos momentos de alto nível, é desigual, em parte porque desde que se tornou reconhecido sempre contou com muitos discípulos e aprendizes que o auxiliavam, e aos quais entregava grandes porções do trabalho, como era o costume na época. Não assinou nenhuma de suas pinturas, e grande parte das que foram identificadas são atribuições transmitidas apenas pela tradição oral, o que dificulta o estudo da sua trajetória e estilo.
Teto da Igreja da Ordem 3ª de São Domingos
Pouco se sabe sobre sua vida, e a maioria das obras atribuídas a ele não tem documentação comprobatória. Diz um manuscrito anônimo encontrado por Carlos Ott na Biblioteca Nacional e datável entre 1866 e 1876, que José Joaquim era procedente de Minas Gerais, mas essa origem é duvidosa. Outros autores apontam Salvador, o Rio de Janeiro ou mesmo Portugal. O ano em que nasceu também é incerto, mas foi dito que ao falecer em 1807 tinha 70 anos.
A pintura baiana até o surgimento de José Joaquim era modesta. Apesar de Capital da colônia e movimentado entreposto comercial, Salvador ainda era uma pequena cidade, e só em 1808 chegou à marca de 50 mil habitantes. Também era o principal polo de cultura brasileiro, mas em muitos aspectos era uma cultura provinciana, dominada pela religião, que funcionava com base no trabalho escravo e que para fazer arte dependia em grande medida do improviso e de artífices mal treinados e pior pagos, incluindo neles escravos e pardos forros, com rara exceção, como Calmão, Simões, Filgueira, Maciel, que eram mestres de ateliês e foram os precursores e contemporâneos de José Joaquim.
A importância desses artistas como bons pioneiros não pode ser menosprezada, mas o legado maior de José Joaquim está em ter dado um grande impulso renovador e qualificador à escola baiana, sendo por isso considerado o seu fundador e seu mais destacado integrante, uma escola que manteve viva a tradição barroca de seu mestre até meados do século XIX. Como a Igreja era a maior mecenas naquele período, quase não havendo espaço para pintura profana na colônia, toda a produção de José Joaquim está na arte sacra.
Sacerdote judeu oferecendo pão e vinho, Museu
de Arte Sacra da Bahia
Durante o período Barroco em que viveu a Igreja dava muitas das orientações a respeito da criação da obra, determinando o tema, as maneiras de representá-lo, e até mesmo decidia sobre as decorações secundárias. Aos artistas cabia acatar essa orientação, embora dentro dessa moldura houvesse espaço para muita criatividade, sempre que não confrontasse os preceitos. Pois a arte sacra daquele tempo, muito mais do que servir como simples decoração das igrejas,era em essência funcional e didática: tinha o propósito específico e maior de edificar o povo nos bons costumes e estimular a sua devoção através de obras dramáticas, de grande apelo visual e intenso poder evocativo.
Sua última encomenda importante veio em 1796 na forma de seis painéis mais douramentos na sacristia da Igreja do Pilar, pelo que recebeu 368$000 réis. Depois continuou pintando obras menores. Em 1796, por 12$000 réis, criou um Cristo com a cana verde para o Recolhimento da Santa Casa; em 1801, dois quadros para a Ordem 3ª de São Francisco. Depois disso vão se perdendo os rastros de sua vida. Entre 1802 e 1803 estava vivendo outra vez em uma casa barata, de aluguel, pertencente à Ordem 3ª do Carmo. Seus últimos anos foram aflitos por doenças, e os passou em uma casa de campo que tinha na freguesia de Santo Antônio. Ali morreu em 12 de outubro de 1807, sem ter casado e sem deixar descendência conhecida. Foi sepultado na Igreja da Palma.
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