quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Trabalhos de Literatura - 1º ano do Ensino Médio

Diego Velázquez


Grupo: Mateus Ribeiro; Diego Neves; Vinícius Dantas 




Autorretrato Diego Velázquez


Diego Velázquez  foi um exemplar pintor da corte espanhola, ele foi um dos melhores e um dos mais grandiosos artistas de todos os tempos.  Ainda que rodeado pelos fidalgos cortesãos, não deixou de inspirar-se em figuras populares para compor suas magníficas telas que se tornaram representação viva da sociedade castelhana daquele tempo.   

Desde o primeiro quarto do século XIX as obras de Velázques tornaram-se um modelo para os pintores realistas e impressionistas Édouard Manet chegou até a afirmar que que Velásquez era o pintor dos pintores.

Velázquez  enfatizou a elaboração de retratos de integrantes da nobreza e a pintura de cenas históricas. Também retratou elementos da mitologia. Mostrava detalhes em suas obras, privilegiando as expressões faciais, buscando a individualidade de cada personagem. Em 1510, entrou para o ateliê de Francisco Pacheco, onde permaneceu até 1617, quando, com 18 anos, obteve seu diploma de pintor e o direito de praticar arte, criando sua própria oficina de trabalho em Sevilha. No ano seguinte, desposa Juana Pacheco, filha de seu mestre.

Senhora fritando ovo

Em 1629, realizou sua primeira viagem à Itália, onde conheceu a escola veneziana e estudou Ticiano, Tintoretto e Veronese, estudos que intensificam seu realismo. Neste período, pintou A forja de Vulcano (1630) e A túnica ensanguentada de José levada a Jacó (1630), obras que recebem influência de El Greco, pintor que Velázquez grandemente admirava. Pintou também Crucifixão, obra sombria, que foge aos moldes italianos.
De volta à Espanha em 1631 por problemas de saúde, inicia um período de grande produção artística, pintando A rendição de Breda (1634-1635), também conhecida como As Lanças, considerada por diversos críticos sua obra mais equilibrada
        
   
Crucifixão


A túnica ensanguentada de José levada  

As Lanças, ou A Rendição de Breda
                                                 
Em 1659, recebeu o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago, uma ordem religiosa-militar espanhola. Em 1660, devido a problemas de saúde,faleceu em Madrid, no dia 6 de agosto, aos 60 anos.
A maioria de suas obras podem ser encontradas expostas no Museu do Prado, em Madri, onde há uma estátua em sua homenagem.
 
Estátua em homenagem á Velazquez




Gregório de Matos

Grupo: Bruna Rossi; Isabelle Bello; Cesar Bonzatto 



Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636 – Recife, 26 de novembro de 1695), alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial. 



Gregório nasceu em uma família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era tecnicamente portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Todos que nasciam antes da independência eram luso-brasileiros. 

Em 1642 estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Em 1650 continua os seus estudos em Lisboa e, em 1652, na Universidade de Coimbra onde se forma em Cânones, em 1661. Em 1663 é nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época. 

Em 27 de janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Câmara da Bahia outorga-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.
O novo arcebispo, frei João da Madre de Deus destitui-o dos seus cargos por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções de que o tinham incumbido.
Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus"  ). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.
  
Em 1685, o promotor eclesiástico da Bahia denuncia os seus costumes livres ao tribunal da Inquisição. Acusa-o, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça quando passa uma procissão. A acusação não tem seguimento.
Entretanto, as inimizades vão crescendo em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do Governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Foi dito que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório  .
Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia. Morre em Recife, com uma febre contraída em Angola.



Antonio Vivaldi

Grupo: Renato Leite; Larissa de Lima; Silas Barbosa





Incentivado desde cedo à vida musical e nascido em Veneza no século XVII, Antonio Vivaldi foi um importante músico e compositor italiano do período Barroco tardio. É considerado uma das figuras mais notáveis da música clássica mundial. Destacou-se, principalmente, por seus concertos que influenciaram diversos músicos de períodos posteriores.
Malsucedido no ramo da Igreja, foi impossibilitado de prosseguir em sua conseguinte carreira, o que levou o compositor italiano à iniciar uma nova fase de sua vida - a produção musical -, não só colocando em prol como um benefício próprio, pois Vivaldi também decidiu passar seus dons e talentos com o violino para crianças carentes.

"Em 1713, o diretor do coro do conservatório deixou seu posto e Vivaldi ficou encarregado de compor obras vocais sacras. Paralelamente ele começava a estabelecer relações com o Teatro de Santo Angelo. A instituição Pietà - a qual o violinista exercia sua função como mestre - concedeu a Vivaldi uma permissão para 'exercitar sua destreza' e foram apresentadas suas primeiras óperas, como 'Outtone in villa' e 'Orlando Furioso'. Depois fez, entre outros concertos, 'La Stravaganza'."
Dentre aproximadamente 770 obras ao longo de sua vida, Doze Sonatas Para Dois Violinos e Baixo Contínuo" foi a primeira de muitas outras obras musicais. Dentre elas também se destaca a mais famosa, alcunhada por "As Quatro Estações". Suas obras foram o pedestal de muitos famosos espetáculos de balé clássico, e por último, mas não menos importante, foi e é apresentado em diversos concertos de óperas.

Entre 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua, onde compôs a maioria de suas cantatas. Entre 1720 e 1723 dedicou-se à ópera. Em 1723, novamente em Veneza, na Pietà, publicou o Opus 8, que contém os concertos 'As Quatro Estações'. Por volta de 1729 compôs para o Rei Luis XV a mais importante de suas serenatas: 'La Sena Festeggiante'. Na mesma época entregou ao imperador da Áustria Carlos XI seu Opus 9: 'La Cetra'.

Com o advento do Classicismo, suas obras foram apenas resgatadas no século XX, pois foram vítimas da desvalorização das manifestações artísticas retratadas no período. Acabou por falecer aos 63 anos de idade em julho de 1741. "Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena", o então local de sua morte.

Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para a instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro. Em 1705 publicou sua primeira coleção, 'Doze Sonatas para Dois Violinos e Baixo Contínuo'. Depois fez uma série de obras instrumentais.




Padre Antonio Vieira

Grupo:  Giovanna França; Maria Victótia; Carolina Alcine



Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e representa, sem dúvida, a maior expressão da eloquência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século. Foi para a Bahia, ainda pequeno, onde recebeu ordenação sacerdotal e começou a atuar na Companhia de Jesus, que era um movimento cristão de catequização indígena, que discriminava a escravidão pelos colonos, ao mesmo tempo que também utilizava a mão-de-obra indígena.
Antônio Vieira se destacou por ser um pregador facundo, principalmente no que diz respeito aos seus sermões. A respeito destes últimos, eram impregnados de filosofia, o que o levava a se considerar um filósofo que tratava apenas de assuntos cristãos.
Por algum tempo esteve politicamente envolvido com a Inquisição, período no qual foi acusado até mesmo de traição por defender, além dos índios, os novos cristãos, principalmente os judeus. Sofreu condenação, dita como branda, por parte da Inquisição: ficou preso por dois anos (1665-1667) e foi impedido de dar palavra.
Vieira usou seu dom da retórica para falar com o papa a respeito desta condenação, o qual o absolve de toda censura ainda existente. Logo após, Antônio Vieira foi a Roma, onde assumiu novamente seu papel oratório. Em 1681, decidiu regressar ao Brasil, onde faleceu, em 1697, no Colégio da Bahia.
Podemos dividir a obra de Padre Antônio Vieira em:
• Profecias: constituintes de três obras: História do futuro, Esperanças de Portugal e Clavis  prophetarum.
• Cartas: são cerca de 500 cartas, que tratam de assuntos sobre a relação de Portugal e Holanda, a Inquisição e os cristãos-novos. São tidos como documentos históricos importantes,  já que tratam das diversas situações sócio-políticas da época.
• Sermões: são aproximadamente 200 sermões, com estilo barroco conceptista, que trata o assunto de maneira racional, lógica e utiliza retórica aprimorada. Um dos seus sermões mais conhecidos é o “Sermão da Sexagésima”, o qual é metalinguístico, já que tem como tema a própria arte de pregar. Além deste, temos o Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio e Sermão aos peixes.

Trecho do Sermão da Sexagésima:
(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras. (...) 


José Joaquim da Rocha

Grupo: Felipe Carvalho; Felipe Ianovalli; Victor Carvalho

Teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, sua obra mais famosa

José Joaquim da Rocha ( nasceu em  1737  — Salvador) foi um pintor, encarnador, dourador e restaurador brasileiro, considerado o fundador da escola baiana de pintura barroca, o maior de seus integrantes e um dos mais destacados pintores do Barroco brasileiro. Deixou vários discípulos e continuadores, que preservaram os princípios da sua estética até o século XIX. 

Sua produção é numerosa, e embora tenha muitos momentos de alto nível, é desigual, em parte porque desde que se tornou reconhecido sempre contou com muitos discípulos e aprendizes que o auxiliavam, e aos quais entregava grandes porções do trabalho, como era o costume na época. Não assinou nenhuma de suas pinturas, e grande parte das que foram identificadas são atribuições transmitidas apenas pela tradição oral, o que dificulta o estudo da sua trajetória e estilo.


Teto da Igreja da Ordem 3ª de São Domingos

Pouco se sabe sobre sua vida, e a maioria das obras atribuídas a ele não tem documentação comprobatória. Diz um manuscrito anônimo encontrado por Carlos Ott na Biblioteca Nacional e datável entre 1866 e 1876, que José Joaquim era procedente de Minas Gerais, mas essa origem é duvidosa. Outros autores apontam Salvador, o Rio de Janeiro ou mesmo Portugal. O ano em que nasceu também é incerto, mas foi dito que ao falecer em 1807 tinha 70 anos.


A pintura baiana até o surgimento de José Joaquim era modesta. Apesar de Capital da colônia e movimentado entreposto comercial, Salvador ainda era uma pequena cidade, e só em 1808 chegou à marca de 50 mil habitantes. Também era o principal polo de cultura brasileiro, mas em muitos aspectos era uma cultura provinciana, dominada pela religião, que funcionava com base no trabalho escravo e que para fazer arte dependia em grande medida do improviso e de artífices mal treinados e pior pagos, incluindo neles escravos e pardos forros, com rara exceção, como Calmão, Simões, Filgueira, Maciel, que eram mestres de ateliês e foram os precursores e contemporâneos de José Joaquim. 

A importância desses artistas como bons pioneiros não pode ser menosprezada, mas o legado maior de José Joaquim está em ter dado um grande impulso renovador e qualificador à escola baiana, sendo por isso considerado o seu fundador e seu mais destacado integrante, uma escola que manteve viva a tradição barroca de seu mestre até meados do século XIX. Como a Igreja era a maior mecenas naquele período, quase não havendo espaço para pintura profana na colônia, toda a produção de José Joaquim está na arte sacra. 

Sacerdote judeu oferecendo pão e vinho, Museu de Arte Sacra da Bahia

Durante o período Barroco em que viveu a Igreja dava muitas das orientações a respeito da criação da obra, determinando o tema, as maneiras de representá-lo, e até mesmo decidia sobre as decorações secundárias. Aos artistas cabia acatar essa orientação, embora dentro dessa moldura houvesse espaço para muita criatividade, sempre que não confrontasse os preceitos. Pois a arte sacra daquele tempo, muito mais do que servir como simples decoração das igrejas,era em essência funcional e didática: tinha o propósito específico e maior de edificar o povo nos bons costumes e estimular a sua devoção através de obras dramáticas, de grande apelo visual e intenso poder evocativo.

Sua última encomenda importante veio em 1796 na forma de seis painéis mais douramentos na sacristia da Igreja do Pilar, pelo que recebeu 368$000 réis. Depois continuou pintando obras menores. Em 1796, por 12$000 réis, criou um Cristo com a cana verde para o Recolhimento da Santa Casa; em 1801, dois quadros para a Ordem 3ª de São Francisco. Depois disso vão se perdendo os rastros de sua vida. Entre 1802 e 1803 estava vivendo outra vez em uma casa barata, de aluguel, pertencente à Ordem 3ª do Carmo. Seus últimos anos foram aflitos por doenças, e os passou em uma casa de campo que tinha na freguesia de Santo Antônio. Ali morreu em 12 de outubro de 1807, sem ter casado e sem deixar descendência conhecida. Foi sepultado na Igreja da Palma.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Simulados e quizzes

Simulados - Guia do estudante


Mais uma dica para quem precisa se preparar par ao vestibular: Simulados para você testar seus conhecimentos e aprimorar seus estudos. Acesse http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados, escolha um dos temas e boa sorte!


Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br






domingo, 10 de março de 2013

Romantismo - 2ª geração


Romantismo – Segunda geração (Ultrarromântica)

A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo (1831 - 1852).
Enquanto a chamada primeira geração se empenhou em redefinir a literatura como sendo algo genuinamente nacionalista, voltada para as origens indígenas (figura heroica do índio) e para as questões culturais, a segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego a este nacionalismo e “mergulhou” em um sentimentalismo e pessimismo doentios como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época.
A segunda geração romântica (geração do Mal do Século) foi caracterizada pelo extremo subjetivismo, extremo egocentrismo e pessimismo que culminavam com o sentimento de morte, dúvida e obscuridade.  Esses fortes sentimentos pessimistas, levavam os poetas a preferirem os lugares escuros, sombrios e úmidos para se estabelecerem.  Além disso, eram boêmios noturnos assíduos e tinham a bebida como foco principal, uma vez que esta funcionava com válvula de escape para os problemas.
Essa exacerbação da sentimentalidade e das fantasias da imaginação mórbida exige uma versificação mais livre, menos apegada a esquemas formais preestabelecidos, e define as obras poéticas de maior impacto do período, como Um Cadáver de Poeta, de Álvares de Azevedo.
A temática pregada por eles baseava-se no sonho, devaneio, o amor platônico, a mulher vista como uma figura inatingível, impalpável, vista mais no plano espiritual do que no material.  Inspirados pelo inglês Byron, pelo italiano Giacomo Leopardi e pelos franceses Alphonse de Lamartine e Alfred de Musset, os poetas da segunda geração escrevem poemas que sugerem uma entrega total aos caprichos da sensibilidade e da fantasia, abordando temas que vão do vulgar ao sublime, do poético ao sarcástico e ao prosaico. A morte precoce ajudou a compor a mística em torno desses poetas de inspiração byroniana, que não raro fazem apologia da misantropia e do narcisismo, cultivam paixões incestuosas, macabras, demoníacas e mórbidas.
Principais autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.

Vejamos alguns poemas da segunda geração romântica.
Soneto (Álvares de Azevedo)
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! 


Minha alma é triste (Casimiro de Abreu)
Minha alma é triste como a rola aflita
Que o bosque acorda desde o albor da aurora
E em doce arrulo que o soluço imita
O morto esposo gemedora chora.

E, como rola que perdeu o esposo,
Minh'alma chora as ilusões perdidas
E no seu livro de fanado gozo
Relê as folhas que já foram lidas.



Morte (Junqueira Freire)
“Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a exigência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.” (...)

Cântico do Calvário - À memória de meu Filho morto a 11 de dezembro de 1863
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, a inspiração, a pátria,
O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Pomba, - varou-te a flecha do destino!
Astro, - engoliu-te o temporal do norte!
Teto, - caíste!- Crença, já não vives!
Correi, correi, oh! lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto!




Rede Social de Leitores

Já conhece o Skoob??? É uma rede social que onde leitores de diferentes gêneros trocam experiências e informações sobre livros, etc...

Para se cadastrar você tem que acessar:    http://www.skoob.com.br

Adicione amigos, as obras que você leu, resenhas e divirta-se!

Capela Sistina pode ser visitada em 360°

Capela Sistina (em italiano: Cappella Sistina) é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Raphael, Bernini e Sandro Botticelli.

Gente... Olha que legal esse link. Dá para visitar a Capela Sistina sem sair de casa!


http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html



Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,capela-sistina-pode-ser-visitada-em-360%C2%B0-,1006471,0.htm


quarta-feira, 6 de março de 2013

Gil Vicente - A farsa de Inês Pereira

Gil Vicente - A farsa de Inês Pereira

Considerada a peça mais complexa de Gil Vicente, a obra pode ser dividida em cinco partes: a primeira é um retrato da rotina na qual se insere a protagonista; a segunda reflete a situação da mulher na sociedade da época; a terceira mostra o comércio casamenteiro, representado pelos judeus comerciantes e pelo arranjo matrimonial-mercantil de Inês com Brás da Mata; a quarta considera o casamento, o despertar para a realidade, contrapondo-a ao sonho que embalava as fantasias da protagonista e, finalmente, a quinta parte reflete a realidade brutal da qual Inês, experiente e vivida, procura tirar proveito próprio.

É a história de uma jovem sonhadora que procura por meio do casamento com um homem que saiba tanger viola, fugir à rotina doméstica. Despreza a proposta de Pero Marques, filho de um camponês rico, homem tolo e ingênuo, e aceita se casar com Brás da Mata, escudeiro pobretão. Seus sonhos são logo desfeitos, porque o marido revela sua personalidade bruta, e passa a maltratá-la e explorá-la. Brás da Mata vai para a África e lá vem a falecer. Inês, ensinada pela dura experiência, toma consciência da realidade e aceita se casar com Pero Marques, seu primeiro pretendente. Depressa também a jovem aceita a corte de um falso ermitão. A farsa termina com o marido (cantado por ela como cuco, gamo e cervo, tradicionalmente concebidos como símbolos do homem traído) levando-a às costas (asno que me carregue) até a gruta em que vive o ermitão, para um encontro nada ingênuo.


Acesse o texto integral aqui:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1819